Em busca de um cessar-fogo humanitário total entre Israel e o Hamas, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres acionou a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No documento, ele alerta para a possibilidade de uma “catástrofe humanitária” na Faixa de Gaza.
Esta é a primeira vez, em seis anos, que o secretário-geral sentiu a necessidade de utilizar o artigo 99 da carta da ONU, que diz: “o secretário-geral pode chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer assunto que, na sua opinião, possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais”. E, por isso, ele acionou o Conselho de Segurança, pedindo urgência no cessar-fogo humanitário.
No documento, Antonio Guterres, afirma que Gaza sofre constantes bombardeios das Forças de Defesa de Israel e a população está sem “abrigo ou itens básicos de sobrevivência”, o que pode levar, em breve, ao colapso da ordem pública. Além disso, cita o risco de se alastrarem epidemias e o deslocamento em massa de pessoas para países vizinhos. Na mesma carta, é citado o risco de catástrofe irreversível.
Nesta quinta-feira, faz dois meses desde os ataques do Hamas a Israel, quando morreram 1.400 israelenses. Desde então, o número de pessoas mortas, na Faixa de Gaza, passa dos 16 mil: a maior parte, crianças e mulheres palestinas.
