O aumento das hostilidades ocorre no dia em que havia esperança de um acordo para a pausa humanitária. Mas após dias de negociações no Egito, o Hamas disse que os grupos palestinos não concordaram com a libertação de reféns até que a guerra chegue ao fim.
Segundo Israel, cerca de 120 pessoas ainda estão em Gaza, em poder do Hamas. O governo de Israel vem sendo pressionado por familiares desses reféns a fazer um acordo, mas o primeiro ministro Benjamin Netanyahu vem afirmando que a melhor estratégia pra libertar as pessoas é pela força. Nesta quinta-feira (21) voltou a afirmar que só vai encerrar o conflito quando o Hamas tiver sido completamente derrotado. A fala de Netanyahu vai contra as pressões de grupos humanitários pelo fim da guerra.
Um relatório divulgado nesta quinta-feira (21) pela Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que toda a população de Gaza, 2,3 milhões pessoas, já sofrem com a falta de alimentos. E que há risco de fome generalizada caso o conflito prossiga pelos próximos meses.
Para se ter uma ideia, hoje no mundo há cerca de 129 mil pessoas em situação grave de fome. Só em Gaza esse número é quatro vezes maior: são 500 mil pessoas sem ter o que comer.
O economista chefe da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura Arif Rossen comentou o relatório. Ele disse que além da quantidade de pessoas com fome o que assusta é a rapidez e a intensidade com que a crise se instalou em Gaza.
Outro problema no território é a falta de acesso à saúde. Um oficial da Organização Mundial de Saúde afirmou que não há um só hospital em funcionamento no norte de Gaza. O que causa sofrimento extremo aos feridos.
* Com informações da agência Reuters.
