Lula diz a Maduro que América Latina tem longa tradição de diálogo
O presidente Lula recebeu neste sábado um telefonema do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Os dois conversaram sobre a situação em Essequibo, território que está em disputa por Venezuela e Guiana, que faz também fronteira com o norte do Brasil, no estado de Roraima.
Lula falou sobre a crescente preocupação dos países da América do Sul com relação a essa questão.
Segundo o Palácio do Planalto, expôs os termos da declaração sobre o assunto aprovada na Cúpula do Mercosul e assinada por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Chile.
Lula também lembrou a longa tradição de diálogo na América Latina e ter acrescentado que somos uma região de paz.
Ainda durante a conversa com Maduro, o presidente Lula fez um chamado ao diálogo e sugeriu a intermediação da Celac, que é a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. O presidente também reiterou que o Brasil está à disposição para apoiar e acompanhar essas iniciativas e pediu que não haja ações unilaterais que piorem a situação.
Pouco depois da conversa, Nicolás Maduro escreveu no X, antigo twitter: optamos pelo diálogo com a Guiana, mas as autoridades revogaram o Acordo de Genebra e começaram a dividir nosso mar, ameaçando construir uma base militar para o Comando Sul dos Estados Unidos.
A declaração veio após Maduro ter realizado um plebiscito, no último dia 3, sobre a anexação de Essequibo à Venezuela. A consulta foi feita mesmo com a proibição da Corte Internacional de Justiça.
Ainda pelo antigo Twitter, Maduro complementou: a Guiana e a Exxon Mobil terão que sentar e conversar com a Venezuela. De coração e alma, queremos paz e entendimento. Numa referência à empresa norte americana que extrai petróleo na Guiana.