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Internacional

Fortuna dos 5 homens mais ricos do mundo dobrou entre 2020 e 2023

No Brasil, rendimento dos brancos é 70% superior ao das pessoas negras
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Gésio Passos - Repórter da Rádio Nacional
15/01/2024 - 20:59
Brasília

Os 5 homens mais ricos do mundo dobraram suas fortunas entre 2020 e 2023, em plena pandemia da Covid 19, diz relatório da ONG Oxfam. Enquanto isso, 5 bilhões de pessoas ficaram mais pobres em todo mundo.

O estudo que discute as desigualdades e o poder global de empresas foi lançado nesta segunda-feira (15), durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suiça, que reúne governos, grandes bancos e empresas.

Jefferson Nascimento, coordenador de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil, diz que a riqueza extrema acelerou nos últimos 3 anos, enquanto a pobreza global não permaneceu nos mesmos níveis de antes da pandemia.

A Oxfam também indica que 7 das 10 maiores empresas do mundo têm um bilionário em seu comando.

Enquanto isso, as pessoas estão trabalhando mais e por salários mais baixos, empregos precários e inseguros. Os salários de 800 milhões de trabalhadores não vêm acompanhando a inflação e perderam mais de 1 trilhão e meio de dólares em 2 anos, como explica Jefferson Nascimento.

Além disso, 4 dos 5 brasileiros mais ricos tiveram a fortuna aumentada em 51% neste período. Ao mesmo tempo 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres.

No Brasil o rendimento de pessoas brancas é 70% superior à renda das pessoas negras. E apenas 1% dos mais ricos do país tem 60% de todos ativos financeiros nacionais.

Jefferson Nascimento cita o caso das Lojas Americanas como a síntese dessa desigualdade no país.

Para a Oxfam é necessário interromper esse ciclo de acúmulo de riqueza, com grandes investimentos em serviços públicos, assegurando saúde e educação universais e explorando setores chaves de energia e transporte.

O relatório do ONG também indica a necessidade de regulação de empresas, a quebra de monopólios e a democratização das patentes. Além de garantias para salários dignos, limitação de salários dos executivos e a criação de impostos para super-ricos e empresas.

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