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Internacional

Eleições nos EUA: Joe Biden deve continuar na disputa pela reeleição

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Gabriel Correa - repórter da Rádio Nacional
05/07/2024 - 16:29
São Luís
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© Reuters

Durante a cerimônia do feriado de 4 de julho, na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu a entender que vai continuar na disputa pela reeleição. Depois de alguém no público gritar para ele “continuar a lutar", Biden respondeu brevemente que "não vai a lugar nenhum".

Um dia antes, Biden admitiu que seu primeiro debate contra o ex-presidente e pré-candidato republicano Donald Trump foi ruim. Mas o atual chefe da Casa Branca defendeu que isso não apaga suas ações na presidência.

Desde a semana passada, após a repercussão negativa da participação de Biden, o partido democrata discute a possibilidade de um novo nome assumir a disputa contra Trump.

Segundo o professor de geopolítica e relações internacionais, João Nyegray, a substituição de um candidato à presidência dos EUA é algo raro. Formalmente, seria necessária uma convenção extraordinária do partido.

“Nesse processo isso envolveria tanto a decisão do candidato, com uma renúncia voluntária, quanto uma decisão do partido. Cada um dos partidos, o Democrata e o Republicano, têm um Comitê Nacional e esse Comitê que teria autoridade para nomear outro candidato, em situação de vacância. Aí é necessário fazer uma convenção do partido para votar em um novo candidato. Isso envolve os delegados dos estados”.  

Outra particularidade do processo é que, nos Estados Unidos, os candidatos são definidos após disputar as prévias como pré-candidatos, representados pelos delegados de cada Estado, como explica João Nyegray.

A convenção do partido democrata, que pode confirmar Biden como candidato à reeleição, está marcada para acontecer entre 19 e 22 de agosto. 

Segundo o professor de geopolítica, a vice-presidente Kamala Harris seria a escolha “natural” para substituição de Biden, entre todos os nomes já levantados do partido democrata. Entretanto, pesquisas recentes colocaram em debate o nome da ex-primeira-dama, Michelle Obama. 

“Algumas pesquisas mostraram que essa seria única pessoa que poderia, efetivamente, ganhar de Donald Trump. Algumas pesquisas mostram que Michelle Obama teria 13 pontos de vantagem sobre Trump. O nome dela é o que teria maior apelo em relação ao eleitorado estadunidense”.

O professor João Nyegray ressalva ainda que, uma eventual troca do candidato democrata, poderia trazer consequências negativas mais imediatas para o governo norte-americano.

Pelo lado republicano, após obter larga vantagem nas rodadas primárias, Donald Trump deve ser confirmado como candidato oficial na convenção nacional entre os dias 15 e 18 de julho. As eleições nos EUA acontecem no dia 5 de novembro. 

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