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Internacional

Brasil assume embaixada da Argentina na Venezuela

Presidente argentino, Javier Milei, agradece ao Brasil
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Gabriel Correa - repórter da Rádio Nacional *
01/08/2024 - 14:56
São Luís
Brasília (DF) 01/08/2024 - Brasil assume embaixada da Argetina em Caracas, na Venezuela. Bandeira brasileira foi hasteada na embaixada argentina nesta quinta-feira.
Foto: Daina Mondino / X
© Daina Mondino / X

O Brasil assumiu a embaixada da Argentina na Venezuela após Nicolás Maduro ter expulsado representantes argentinos de Caracas. A bandeira brasileira foi hasteada no local. O presidente argentino, Javier Milei, agradeceu ao Brasil na manhã desta quinta-feira (1º) pela representação temporária dos interesses da República Argentina no país.

Milei escreveu que "os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos", e que a expulsão do corpo diplomático foi em represália à posição argentina, de que houve fraude nas eleições venezuelanas no último domingo.

A Venezuela também suspendeu voos comerciais entre com o Peru até o final do mês. Por isso, o Itamaraty alertou aos brasileiros, que tenham voos com escala ou com destino ao Peru, para entrarem em contato com a companhia aérea para remarcação de passagens.

Na quarta (31), o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos votou uma resolução, pedindo acesso às atas da votação e a revisão dos resultados das eleições. Essa resolução, porém, não foi aprovada. Dezessete países foram a favor, como Estados Unidos e Argentina. Onze países se abstiveram, entre eles o Brasil. 

O diplomata Benoni Belli, representante do Brasil, disse que o país ainda aguarda a divulgação dos dados eleitorais por mesa de votação e que está preocupado com casos de violência na Venezuela.

Na noite de quarta-feira, Nicolás Maduro divulgou em suas redes sociais um vídeo em que fala com tropas venezuelanas. Ele diz que as forças policiais estão enfrentando "criminosos" e "terroristas", treinados no exterior.

Ministros das Relações Exteriores do G7, as maiores economias do mundo, também pediram os resultados detalhados das eleições. A organização internacional de direitos humanos, Human Rights Watch, foi informada de que pelo menos 20 mortes teriam ocorrido durante protestos após a divulgação dos resultados. A ONG Foro Penal contabiliza 429 prisões.

*Com produção Beatriz Evaristo

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