Lula defende reforma da ONU e taxação de super-ricos na cúpula do G20
A reforma da governança global entrou em definitivo na agenda do G20. Foi o que afirmou o presidente Lula na abertura da segunda reunião plenária de líderes do G20, na tarde desta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro.
O presidente brasileiro voltou a defender uma reforma ampla da ONU, Organização das Nações Unidas, como parte dos esforços para remodelar o organismo multilateral.
“A omissão do Conselho de Segurança tem sido, ela própria, uma ameaça à paz e à segurança internacional. O uso indiscriminado do veto torna o órgão refém dos cinco membros permanentes. Do Iraque à Ucrânia, da Bósnia à Gaza, consolida-se a percepção de que nem todo o território merece ter sua integridade respeitada e nem toda a vida ter o mesmo valor.”
Lula argumentou ainda que os recentes impasses em torno de temas como o tratado de pandemias da Organização Mundial da Saúde e as discussões da COP16, a Conferência das Nações Unidas para biodiversidade de Kali, na Colômbia, mostram que “a diplomacia vem perdendo terreno para a intransigência”. Pregando o diálogo, afirmou também que "não deve haver debates interditados".
Outro tema central levantado pelo presidente Lula foi a necessidade de revisão "urgente" de regras e políticas financeiras que, segundo ele, afetam desproporcionalmente os países em desenvolvimento.
A reforma da governança global para resolução de conflitos é o terceiro eixo da presidência brasileira no G20. O primeiro é o combate à fome e às desigualdades; e o segundo, o desenvolvimento sustentável e o enfrentamento às mudanças climáticas.