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Internacional

Grupos islâmicos e oposição disputam futuro político da Síria

Cientista político avalia instabilidade política na Síria pós-Assad
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Gabriel Correa - Repórter da Rádio Nacional
09/12/2024 - 13:26
São Luís (MA)
Síria,7/12/2024. Membros das Forças Democráticas Sírias (SDF) lideradas pelos curdos gesticulam em Deir al-Zor, depois que a aliança apoiada pelos EUA liderada por combatentes curdos sírios capturou Deir el-Zor, o principal ponto de apoio do governo no vasto deserto, segundo fontes sírias, em Síria, 7 de dezembro de 2024. REUTERS/Orhan Qereman
© REUTERS/Orhan Qereman/ Proibido Reprodução

Após a queda de Bashar al-Assad, a situação política da Síria deve permanecer instável por tempo indefinido, avalia cientista político. A razão é que grupos políticos com orientações muito diversas deverão disputar uma "fatia de poder" deixado pelo ex-presidente. Bashar al-Assad renunciou ao cargo após grupos rebeldes islâmicos tomarem várias cidades, incluindo a capital Damasco.

O conflito na Síria dura quase uma década e meia. Começou na chamada "Primavera Árabe", quando a população de vários países do oriente médio saiu às ruas contra governos autoritários. De lá para cá, a repressão do governo sírio se tornou uma guerra civil, e sem um horizonte democrático pela frente, explica o cientista político Ricardo Leães.

A Síria tem uma população de cerca de 23 milhões de pessoas, e faz fronteira com Irã, a Leste, e com Israel e Líbano a oeste. E foi a perda do apoio político internacional que explica a queda do governo sírio.

Segundo Ricardo Leães, o Irã sai mais prejudicado com a queda de Bashar al-Assad, pois a Síria era usada como passagem de armamentos para o Hezbollah.

Nesse domingo, o enviado das Organização das Nações Unidas para a Síria pediu para que as partes envolvidas evitem o derramamento de sangue e iniciem uma transição que inclua todas as comunidades e com foco na estabilidade.

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