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Internacional

Giro internacional: ministro sul-africano acusa Trump de intimidação

México e EUA anunciam acordo para suspender taxação por um mês
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Pedro Moreira – Repórter da TV Brasil
03/02/2025 - 20:50
Brasília
FILE PHOTO: U.S. President Donald Trump signs documents as he issues executive orders and pardons in the Oval Office at the White House on Inauguration Day in Washington, U.S., January 20, 2025. Reuters/Carlos Barria/Proibida reprodução
© Reuters/Carlos Barria/Proibida reprodução

África do Sul

O ministro de Minas da África do Sul, Gwede Mantashe, acusou Donald Trump de intimidar nações menores e sugeriu que a África pare de fornecer minerais aos Estados Unidos. No domingo (02), o presidente americano acusou a África do Sul de "estar confiscando terras e tratando certas classes de pessoas muito mal" e anunciou o corte de repasses ao país até que uma investigação seja concluída.

A simples declaração fez cair, nesta segunda-feira (3), o mercado financeiro em Joanesburgo. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse estar ansioso para tratar da questão com Trump. No mês passado, Ramaphosa sancionou uma lei que tornou mais fácil a desapropriação de terras por interesse público. Três décadas após o fim do apartheid, a maioria das propriedades do país ainda pertence à minoria branca da população.

O bilionário Elon Musk, que apoiou Trump na campanha e faz parte do governo, é sul-africano.

México

A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, e o presidente americano anunciaram um acordo para suspender por um mês a nova tarifa de 25% sobre produtos mexicanos. O México vai reforçar a segurança na fronteira com dez mil agentes da Guarda Nacional, para conter o fluxo de drogas ilegais, e os americanos se comprometeram a combater o tráfico de armamento pesado para o México.

Canadá

No Canadá, as medidas de Trump provocam reações. Antes de uma partida de basquete em Toronto, neste domingo, entre um time canadense e um americano, torcedores vaiaram o hino dos Estados Unidos. Na província de Ontário, o único atacadista de bebidas alcoólicas, que é controlado pelo Estado, deixou de vender produtos dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro Justin Trudeau tinha duas chamadas telefônicas agendadas com Trump nesta segunda-feira. No domingo, em retaliação, o canadense anunciou tarifa sobre produtos do vizinho. Hoje, entre uma ligação e outra, Trump voltou a reclamar do Canadá.

China

O governo da China anunciou ontem que vai contestar, na Organização Mundial do Comércio, a tarifa extra de 10% imposta por Trump. Além do gesto, visto como simbólico, prometeu contramedidas, sem detalhar. O imbróglio já promete novos capítulos.

União Europeia

Também no domingo, Trump disse que produtos da União Europeia serão os próximos a receber novas tarifas.

*Com informações da Reuters

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