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Internacional

Número de mortos em conflito no Congo chega a 2,8 mil, diz ONU

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Pedro Moreira - TV Brasil
06/02/2025 - 19:50
Brasília

As Nações Unidas revisaram para cima o número de mortos no Congo pela ofensiva de grupos rebeldes. Seriam ao menos 2,8 mil mortes, ante a estimativa anterior, de 700. Na quarta-feira (5), rebeldes tomaram mais uma cidade no leste do Congo, interrompendo um cessar-fogo. Nesta quinta-feira (6), reuniram centenas de pessoas em um estádio na cidade de Goma para se apresentarem como os novos administradores.

No Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, o representante do Congo pediu uma investigação sobre o que chamou de "violações em massa" de direitos, acusando Ruanda de apoiar os rebeldes para ter acesso aos minerais da região. Ruanda alega que está agindo em legítima defesa.  

Depois dos Estados Unidos, foi a vez de Israel anunciar a saída do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O embaixador de Israel na ONU de Genebra, Daniel Meron, acusou o órgão de ser tendencioso desde o início. O colegiado frequentemente condena a ocupação de territórios palestinos.

Em Israel, o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, disse que ainda não tem detalhes sobre o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou que o Exército prepare um plano para permitir a saída voluntária de moradores da faixa.  

Donald Trump postou hoje que Israel entregaria a Faixa de Gaza aos Estados Unidos após o fim dos combates. Que “os palestinos já teriam sido reassentados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região. E que nenhum militar americano seria necessário”. A imprensa americana afirma que Trump anunciou a proposta na terça (4) sem que houvesse nenhum planejamento. 

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em entrevista à Fox News, disse não haver nada de errado na ideia de Trump. Que os palestinos podem sair durante a reconstrução e retornar depois.  

Enquanto isso, em Gaza, quem retorna à Jabália enfrenta uma grave escassez de água potável. Antes da guerra, a cidade tinha 30 poços, agora restam apenas cinco. Na cidade de Gaza, uma tempestade de inverno destruiu tendas improvisadas de famílias desalojadas nessa madrugada.

Mesmo diante de todas as dificuldades, o palestino Wael al-Mamlouk disse que não vai deixar o território.  “Eles destruíram nossas casas e mataram nossos filhos, mas somos firmes. Estaremos aqui até o fim dos dias, mesmo que em uma tenda ao lado de casa e, se Deus quiser, as coisas serão resolvidas em breve”, disse ele. 

*Com informações da Agência Reuters

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