O Ministério Público do Estado do Rio pediu à Justiça a absolvição de 15 réus denunciados pela queda da ciclovia Tim Maia , na Avenida Niemeyer, em 2016, no Rio de Janeiro, quando duas pessoas morreram.
Na denúncia foram citadas 16 pessoas, mas uma faleceu no decorrer do processo. Entre as razões elencadas pela promotora do caso, Márcia Colonese Guimarães, para a absolvição dos réus está a imprevisibilidade do acidente, causado por uma forte onda, no dia 21 de abril daquele ano, durante uma ressaca.
O pedido da promotora, assinado no ultimo dia 7 de novembro, foi publicado nessa quarta-feira (13). Para pedir a absolvição dos réus, a promotora traz como argumento os diversos depoimentos de especialistas em engenharia costeira ouvidos ao longo do processo, segundo os quais tratou-se de uma onda de proporções incomuns e gigantesca contra a estrutura da ciclovia.
Os réus denunciados pelo Ministério Público que tiveram suas absolvições pedidas são: Marc Bergman, Juliano de Lima, Fabio Lessa Rigueira, Elcio Romão Ribeiro, Ernesto Ferreira Mejido, Fábio Soares de Lima, Marcello José Ferreira de Carvalho, Ioannis Saliveiros Neto, Jorge Alberto Schneider, Fabrício Rocha Souza, Claudio Gomes de Castilho Ribeiro, Luiz Edmundo Andrade Pereira, Nei Araújo Lima, Luiz Otávio Martins Vieira e Walter Teixeira da Silveira. O réu Geraldo Baptista Filho morreu ao longo do processo.
A ciclovia Tim Maia segue interditada desde fevereiro deste ano, quando parte da estrutura voltou a desabar durante um temporal que atingiu o Rio. A ciclovia, de 9 quilômetros, foi construída para permitir o trajeto de bicicleta entre as orlas da zona oeste e sul do Rio de Janeiro.
No primeiro desabamento, em abril de 2016, apenas quatro meses após a inauguração, morreram o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque e o gari comunitário Ronaldo Severino da Silva.
