O deputado distrital José Gomes, do PSB, e o assessor dele, Douglas Ferreira Laet, foram condenados por corrupção eleitoral.
De acordo com a sentença, da 10ª Promotoria de Justiça Eleitoral, os dois réus teriam promovido pelo menos três reuniões para coagir funcionários da empresa do parlamentar, a Real JG Serviços Gerais, a votarem em favor dele, sob pena de perderem seus empregos.
A investigação começou após uma representação apresentada pelo deputado distrital Chico Vigilante, do PT, antes mesmo da eleição.
Empregados teriam denunciado a pressão para votar no empresário, e divulgado vídeos e gravações em que supostamente eram cobrados e ameaçados para votar em José Gomes.
Ainda segundo as investigações, em um dos áudios, o réu Douglas Laet, parente do parlamentar e gerente da Real JG, afirmava ter o número do título de eleitor dos funcionários e dizia que iria controlar o número total de votos em cada seção eleitoral, o que, segundo a sentença, gerou enorme pressão psicológica sobre os empregados.
Segundo a juíza responsável pelo caso, Andreia Oliveira, o assessor, Douglas Laet, teria feito várias ameaças, dizendo, por exemplo, que, se Gomes não fosse eleito, a empresa fecharia as portas e todos seriam demitidos.
O parlamentar e o assessor foram condenados a 4 anos de prisão e pagamento de multa por corrupção eleitoral.
O caso seguirá agora para análise do Tribunal Regional Eleitoral.
O Ministério Público informou que vai recorrer da absolvição do parlamentar pelo crime de coação eleitoral.
Em nota, o deputado José Gomes declarou que não cometeu nenhum ato ilícito, e se encontra julgado por supostas atitudes que, se cometidas, o foram por terceiros e jamais sob seu comando.
O parlamentar disse ainda que a sentença possui vícios que serão suplantados pelo TRE, e que os advogados dele vão recorrer da decisão. Não conseguimos contato com a defesa de Douglas Laet.
