MP-RJ conclui investigações sobre Flávio Bolsonaro quando era da Alerj
O Ministério Público do Rio de Janeiro concluiu as investigações do caso conhecido como rachadinha, envolvendo Flávio Bolsonaro. O atual senador pelo Republicanos é investigado pela prática deste crime e lavagem de dinheiro, quando exercia mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa fluminense.
De acordo com o Ministério Público, o Grupo de Atuação Especializada de Combate à Corrupção encaminhou o procedimento criminal, com a conclusão das investigações, ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem.
O MP não deu mais detalhe sobre os resultados, se limitando a informar que os autos estão sob sigilo e que foram remetidos à subprocuradoria geral de Justiça de Assuntos Criminais e Direitos Humanos para prosseguimento.
A defesa do Senador Flávio Bolsonaro se posicionou sobre a conclusão das investigações, questionando a atuação do Ministério Público. Segundo a nota enviada pela defesa, a apuração dos fatos já havia se encerrado com a oitiva do parlamentar, e a divulgação da conclusão dos trabalhos, nesta segunda-feira, seria uma manobra dos promotores do grupo de Atuação Especializada de Combate à Corrupção, diante do questionamento feito ao Conselho Nacional do Ministério Público.
A defesa sustenta que a investigação não poderia ser conduzida pelo MP, já que Flávio dispõe agora de foro especial.
O Ministério Público não comentou as críticas da defesa de Flávio Bolsonaro.
As investigações sobre o esquema de devolução de parte dos salários dos assessores ao deputado teria movimentado mais de R$ 2 milhões a partir de 2018, quando um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, apontou uma movimentação financeira atípica do então assessor Fabrício Queiroz, lotado no gabinete de Flávio.
Fabrício Queiroz está em prisão domiciliar depois que a Justiça determinou a sua prisão preventiva, na mesma investigação sobre o esquema da rachadinha.