O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, do Republicanos, foi declarado inelegível por unanimidade, nesta quinta-feira (24), na conclusão do julgamento, no Tribunal Regional Eleitoral. Na última terça-feira, a votação havia terminado em seis a zero, mas foi interrompida por um pedido de vista do desembargador Vitor Marcelo Rodrigues, que queria se inteirar da questão, pelo fato de ter sido nomeado há menos de um mês. Foi Rodrigues, o sétimo voto da Corte.
Crivella é alvo de ações que pedem sua inelegibilidade até 2026 por sua participação em dois eventos realizados em 2018. O primeiro deles foi um encontro com lideranças evangélicas, no Palácio da Cidade, quando Marcelo Crivella ofereceu aos pastores facilidades e benefícios.
O evento, chamado de “ Café da Comunhão”, ganhou as manchetes com o slogan "Fala com a Márcia", numa referência à servidora de carreira da prefeitura, colocada à disposição para furar fila de cirurgias em unidades de saúde municipais.
O outro evento foi um comício na quadra da escola de samba Estácio de Sá que, de acordo com as denúncias, foi usado para impulsionar candidaturas apoiadas por Crivella. Na plateia, servidores da Companhia de Limpeza Urbana, transportados em veículos da companhia. O aluguel do espaço também teria sido pago com dinheiro público.
Antes mesmo do resultado, Marcelo Crivella já havia dito que em caso de derrota, pretendia recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. O prefeito é candidato à reeleição e pode concorrer ao cargo até que todos os recursos estejam esgotados.