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Justiça

Brumadinho: acordo entre Vale e comunidades afetadas fica para 2021

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Renata Martins
17/12/2020 - 19:53
Brasília

Ficou para 2021 o acordo sobre a reparação de danos causados pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério da Mina do Córrego do Feijão, no município de Brumadinho (MG).
Nesta quinta-feira (17), foi realizada mais uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça mineiro para discutir as indenizações coletivas ao estado, municípios e comunidades afetadas.

Ficaram programadas, pelo menos, mais duas audiências com a mineradora Vale, representantes do governo do estado e do judiciário.

A próxima está marcada para 7 de janeiro, quando haverá uma tentativa de se avançar na redação final. Só depois disso, uma nova audiência vai celebrar o acordo.

O governo de Minas Gerais e instituições jurídicas estaduais e federais pedem que a Vale pague R$ 54,6 bilhões para reparação coletiva dos prejuízos econômicos e sociais aos atingidos em toda região da bacia do rio Paraopeba.

Após a audiência, o secretário-geral do governo do estado, Mateus Simões, disse que já existe acordo sobre os projetos que devem ser executados pela mineradora e o apoio aos atingidos, mas ainda falta consenso em relação ao dinheiro que deve ficar guardado como garantia, caso a Vale não cumpra com os compromissos assumidos.

Do lado de fora da sede do Tribunal de Justiça mineiro, em Belo Horizonte, os atingidos pela tragédia voltaram a protestar.

O dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) comentou o resultado da audiência.

Em 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, causou a morte de 252 pessoas, além de danos ambientais.

Em nota, a Vale afirmou que permanece empenhada em reparar integralmente os atingidos e as comunidades impactadas. A mineradora disse também que as negociações seguem avançando, mas ainda não há definição de valores.

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