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Justiça

Justiça nega prisão da patroa condenada pela morte do menino Miguel

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Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional
26/07/2022 - 11:56
São Luís (MA)

A Justiça pernambucana recusou o novo pedido para decretar a prisão de Sarí Corte Real, condenada pela morte do menino Miguel, há dois anos. A decisão foi tomada na semana passada, mas só foi publicada nessa segunda-feira (25), no Diário de Justiça do estado.

O Ministério Público se manifestou contrário ao requerimento de prisão preventiva ou retenção de passaporte feito pela acusação. O juiz auxiliar Edmilson Cruz Júnior, da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente de Recife, acatou a recomendação do MP e considerou que não houve fato novo para decretar a prisão. 

Sarí Corte-Real, ex-primeira-dama do município pernambucano de Tamandaré, foi condenada no final de maio, a 8 anos e 6 meses de prisão pelo crime de abandono de incapaz e morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos. Sarí pôde recorrer em liberdade, o que já havia sido questionado pela acusação.

Miguel morreu ao cair do 9º andar de um prédio de luxo no Centro do Recife em 2 de junho de 2020. Na época, a mãe, Mirtes Renata de Souza, havia levado a criança ao apartamento onde trabalhava por causa das restrições ligadas à pandemia de Covid-19. Segundo a investigação, Mirtes teve que deixar o menino com a patroa enquanto levava o cachorro para passear. 

Nesse momento, Miguel entrou no elevador do prédio e Sari Corte Real teria apertado o botão para a cobertura, deixando a criança sozinha. As ações foram filmadas por câmeras de segurança.

Após o pedido de prisão ter sido negado, o processo será submetido à Justiça Federal, onde devem ser apresentados recursos. Nossa reportagem não conseguiu contato com os advogados envolvidos no caso.

 

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