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Justiça

Caso Henry Borel: Monique Medeiros deve deixar a cadeia nesta segunda

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Solimar Luz - Repórter da Rádio Nacional
29/08/2022 - 13:00
Rio de Janeiro

A mãe do menino Henry Borel morto aos quatro anos de idade com sinais de tortura em março do ano passado, deve deixar a cadeia ainda hoje (29). Monique Medeiros, que responde pelo crime junto com seu ex-companheiro, está presa, afastada de outras detentas, por questões de segurança, no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, zona oeste da capital fluminense. A saída só depende da expedição do alvará de soltura.  

Monique teve a prisão preventiva revogada por decisão do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça. Em abril deste ano, uma outra decisão judicial permitiu que ela fosse solta, usando tornozeleira eletrônica. Mas o Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu e em junho Monique Medeiros voltou para a prisão. A defesa, então, entrou na Justiça com pedido de habeas corpus.

Na decisão de sexta-feira do STJ, o ministro explicou que a prisão domiciliar da ré não deveria ter sido revogada. Disse ainda que não se pode decretar prisão preventiva baseada na gravidade do delito, ao clamor público e à comoção social.

No sábado, em sua rede social, o engenheiro Leniel Borel, pai de Henry, contestou a decisão e disse que mataram seu filho pela segunda vez.

Além de Monique, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Doutor Jairinho, responde pelo crime. Henry Borel chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. A suspeita é que a criança tenha sido agredida por Jairinho.

O ex-vereador e Monique negam que tenha havido qualquer agressão ao menino e que Henry se machucou ao cair da cama onde dormia. Os dois foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo. E no que depender do Ministério Público, deverão ser levados a júri popular.

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