Onze pessoas foram presas, nesta quarta-feira, depois que a Polícia Federal descobriu planos de fuga de líderes de organizações criminosas de presídios federais e até de sequestro de autoridades. A operação Anjos da Guarda levou 80 agentes da PF às ruas, onde também cumpriram 18 mandados de busca e apreensão. Todas as prisões foram preventivas.
Um dos alvos da operação é Cynthia da Silva, esposa de Marcos Camacho, conhecido como Marcola, apontado como chefe do PCC, o Primeiro Comando da Capital, facção que atua dentro e fora dos presídios do país.
Segundo as investigações da polícia, os envolvidos pretendiam retirar líderes de facções que cumprem pena nas penitenciárias federais de Brasília e Porto Velho, capital de Rondônia. Os presídios federais são considerados de segurança máxima. Mas para planejar a fuga, eles tinham uma rede de advogados que atuavam de forma ilegal na comunicação entre os presos e os investigados fora da cadeia. Inclusive alguns advogados foram alvos dos mandados da PF.
Os policiais realizaram busca e apreensão em Brasília, em Campo Grande e Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e São Paulo, Santos e Presidente Prudente, no estado de São Paulo.
Além disso, a Polícia Federal descobriu que a organização criminosa “pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura” de alguns presos. Para combinar todos os planos, os investigados faziam visitas aos presídios e utilizavam códigos jurídicos que não existiam.
Segundo a PF, a operação “Anjos da Guarda” é uma referência aos servidores da segurança pública que “se arriscam para proteger a sociedade de criminosos”.