A justiça do Rio condenou o acusado de executar a vereadora Marielle Franco, o ex-policial militar Ronnie Lessa, a mais de treze anos de prisão por comercialização ilegal de armas de fogo.
A decisão da juíza Alessandra de Araújo Pinto afirma que o acusado possuía em depósito inúmeras peças aptas a montar pelo menos 117 fuzis, além de acessórios exclusivos para armas de fogo de grosso calibre, em desacordo com a determinação legal.
A magistrada destaca ainda que tal conduta traz grande temor e insegurança social para o Estado e aponta a milícia e o narcotráfico como os principais destinatários do armamento. Ela manteve a prisão preventiva de Lessa, afirmando que medidas cautelares alternativas à prisão não se aplicam ao caso em questão.
Ronnie Lessa está preso desde março de 2019, denunciado como executor do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um ano antes. Em dezembro de 2020, ele e o ex-PM Élcio de Queiroz, outro acusado do crime, foram transferidos do Rio de Janeiro para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Em agosto deste ano, Lessa também foi condenado pela juíza Adriana Alves dos Santos Cruz, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, a cinco anos de prisão, em regime fechado, por tráfico internacional de armas, acessórios e munição.