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Justiça

Julgamento da ex-deputada Flordelis entra na reta final

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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
12/11/2022 - 14:03
Rio de Janeiro

O julgamento da ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza, apontada como mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, entra neste sábado na reta final, com os interrogatórios individuais de cada um dos cinco réus. Os depoimentos das testemunhas de defesa terminaram na noite desta sexta-feira.

A juiza Nearis Arce, que conduz o julgamento, iniciado há cinco dias, informou que a sessão deste sábado (12) se encerra com o pronunciamento da sentença, ou seja, não será interrompida e pode adentrar pela madrugada de domingo.

Após o depoimento dos réus, que podem optar pelo silêncio, o julgamento entra na fase dos debates, em que o Ministério Público e a assistência de acusação tem duas horas e meia para expor os argumentos. A defesa dos réus terá o mesmo tempo.

E, mais duas horas para réplica do MP e outras duas horas para tréplica da defesa.

Só então, o conselho de sentença se reúne na sala secreta para votar os quesitos dos crimes pelos quais os réus são acusados. E, finalmente, a sentença é anunciada.

Flordelis e mais quatro suspeitos de envolvimento no caso, todos da família, são julgados pelo Tribunal de Júri de Niterói, conforme decisão tomada em setembro do ano passado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Apenas crimes dolosos contra a vida podem ser submetidos ao Tribunal de Júri, que é composto por sete indivíduos selecionados mediante sorteio entre cidadãos previamente alistados e sob juramento.

Após a conclusão da investigações em torno da morte de Anderson, Flordelis teve seu mandato cassado. As investigações também implicaram parte de sua família, composta ao todo por mais de 50 filhos, dos quais três são biológicos e os demais adotivos ou classificados como afetivos.

Anderson foi morto a tiros na noite de 16 de junho de 2019, logo após chegar na casa da família no bairro de Pendotiba, em Niterói, na região metropolitana do Rio.

Com a repercussão das conclusões do inquérito policial, Flordelis foi expulsa do PSD antes de ter a cassação aprovada na Câmara dos Deputados em agosto de 2021 por 437 votos contra sete. Sem foro privilegiado, ele foi presa dois dias depois.

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