A nova data para o depoimento do ex-ministro Anderson Torres à Polícia Federal é 2 de fevereiro. A decisão é do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O ex-ministro da justiça de Jair Bolsonaro é acusado de omissão e conivência com os atos golpistas de 8 de janeiro.
Havia expectativa de que Torres fosse ouvido nesta segunda-feira. A Polícia Federal fez a solicitação ao ministro após pedido da defesa, mas não houve autorização.
No despacho, Moraes liberou o acesso integral dos advogados aos autos das investigações relacionadas a Torres. E, para garantir o tempo necessário aos defensores para análise dos documentos, o magistrado determinou que o interrogatório aconteça no dia 2 do mês que vem, às 10h30.
Essa será a segunda tentativa de ouvir Anderson Torres. O primeiro depoimento havia sido marcado para quarta-feira da semana passada, mas o ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal não falou com os investigadores. Segundo a defesa, Torres só iria falar depois de ter acesso total aos autos do processo.
Anderson Torres está preso no 4o Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), desde o dia 14, quando voltou dos Estados Unidos.
No depoimento, ele pode ser ouvido sobre o plano de segurança traçado para o domingo em que apoiadores golpistas de Bolsonaro invadiram e vandalizaram os prédios dos Três Poderes.
Ele era o secretário de Segurança Pública do DF no dia 8 de janeiro, mas estava nos Estados Unidos de férias. Torres nega que tenha sido conivente com os vândalos.
