O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou ao secretário nacional de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, que adote as providências necessárias para que o Estado brasileiro indenize a família de Genivaldo de Jesus Santos, que morreu após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal.
Em entrevista à Agência Brasil, o secretário Marivaldo avaliou que, quando a violência é praticada pelo Estado, ter um processo judicial que se prolonga no tempo só aumenta a dor da família.
Marivaldo Pereira lembrou que já existe uma ação judicial para responsabilizar a União pela morte. E avaliou que é possível, nessa ação, buscar um acordo com a família. Não apenas para estabelecer a indenização, mas também para dar apoio assistencial e psicológico.
Genivaldo, um homem negro de 38 anos, foi morto em maio do ano passado, em Sergipe, após ser flagrado pela Polícia Rodoviária Federal conduzindo uma moto sem capacete. Ele foi detido e morreu asfixiado depois de passar mais de 11 minutos trancado na caçamba de um veículo da PRF, tomada por gás lacrimogêneo.
A abordagem foi filmada pelo sobrinho de Genivaldo, que alertou aos policiais que o tio era esquizofrênico.
A Polícia Federal investigou o caso e responsabilizou pela morte os três policiais rodoviários federais que participaram da abordagem: William de Barros Noia, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e Kleber Freitas. O Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva dos três, pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado. Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos no mês de outubro.
*Com informações da Agência Brasil
