Dois funcionários do BioParque, Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, e dois servidores públicos do Instituto Estadual do Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis viraram réus na Justiça Federal por supostas irregularidades e maus-tratos na importação de 18 girafas da África do Sul, em novembro de 2021.
Três animais morreram após tentarem fugir da área onde estavam presos, no Resort Portobello, em Mangaratiba, no litoral sul do estado.
Segundo o Ministério Público Federal, que fez a denúncia, os animais estavam em um espaço claustrofóbico, com apenas 10 m² para cada, quando a legislação determina que cada dois animais desse porte precisariam de 600 m².
A causa da morte das três girafas teria sido uma doença muscular, chamada miopatia, provocada por "intenso sofrimento e extremo estresse".
O MPF afirma ainda que os fiscais dos órgãos ambientais elaboraram documentos com afirmações falsas ou enganosas para conseguir a licença de importação.
O Bioparque afirmou em nota que atuou com total transparência e que não houve ilegalidades no processo. Ainda segundo a nota, as outras 15 girafas estão bem e em locais que respeitam as normas ambientais e não há previsão para que elas sejam transferidas para o zoológico.
Já o Instituto Estadual do Ambiente também questionou a acusação do MPF e disse que o parecer elaborado por sua servidora foi baseado em normas técnicas e objetivas.
Procurado, o Ibama não respondeu até o fechamento da reportagem.
