Jornalistas continuam sendo ameaçados após assassinatos de Bruno e Dom
Um ano após o assassinato do jornalista Don Phillips e do indigenista Bruno Pereira, e de toda a repercussão que o caso teve, a atuação da imprensa na região continua enfrentando riscos. Foram registradas 32 tentativas de impedimento de cobertura, por meio de intimidações, hostilizações e danos a equipamentos ou agressões físicas – que aconteceram em 13 dessas ocorrências.
Houve ainda 9 ameaças; 4 processos judiciais abusivos ou decisões judiciais arbitrárias; 5 ameaças de morte; 3 invasões ou atentados contra a sede de meios de comunicação; e 1 atentado a tiros contra jornalista, entre outras violações.
Quanto aos agressores, quase 60% são agentes privados, como manifestantes de extrema direita, seguido pelo crime organizado, e ainda empresas de mineração, garimpo, agronegócio e turismo.
O diretor para a América Latina da organização Repórteres sem Fronteiras, Artur Romeu, ressalta que esses números podem ser bem maiores.
As informações foram divulgadas, nesta segunda-feira, durante a coletiva (5): “1 ano do assassinato de Dom Philips e Bruno Pereira - qual a resposta do Estado brasileiro?”, no Instituto Vladimir Herzog, em São Paulo. No evento, foi apresentada uma carta que cobra do Estado brasileiro a responsabilização dos envolvidos no crime contra Dom e Bruno e também mais segurança para comunicadores e defensores na Amazônia.
A Abraji ()aponta que, apesar da inclusão deprofissionais que atuam na Amazônia no Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, as medidas oferecidas pelo Estado brasileiro não são capazes de responder às ameaças que têm recebido e à violência que vigora na região. Citou também os obstáculos para o acesso à justiça e o cenário de risco para esses jornalistas.
Sérgio Ramalho, coordenador do Programa Tim Lopes, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), comenta outras dificuldades que a imprensa enfrenta para trabalhar na região.
A coletiva foi organizada pela Abraji, com a cooperação das associações de Jornalismo Digital (Ajor), de Jornalistas de Educação; a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas); além dos institutos Vladimir Herzog e Palavra Aberta; e as organizações Repórteres Sem Fronteiras e Tornavoz.
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