Arruda perdeu os direitos políticos por decisão da Justiça do DF
O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, perdeu os direitos políticos nesta quinta-feira. A decisão do Tribunal de Justiça do DF foi no âmbito da Operação Caixa de Pandora.
A investigação da Polícia Federal, em 2009, apurava a suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do governo distrital. E em uma das ações judiciais da operação, foi descoberto um esquema de propina no valor de R$ 1,5 milhão do governo com a empresa Info Educacional.
Pela condenação, Arruda ficará sem os direitos políticos por 12 anos e não poderá contratar com o Poder Público por 10 anos.
Além disso, terá que pagar sozinho uma multa de R$ 1,5 milhão e parte de outra, no mesmo valor, pra ressarcir os cofres públicos.
As duas corrigidas pela inflação, mais juros de 1% ao mês. E a segunda será paga com outros quatro condenados na mesma ação. São eles: José Geraldo Maciel, ex-chefe da Casa Civil, Durval Barbosa Rodrigues, que comandava a Secretaria Distrital de Relações Institucionais, e Adailton Barreto Rodrigues, subsecretário de Educação Básica. Todos da gestão Arruda.
E ainda, Alexandre Tavares de Assis, que era proprietário da Info Educacional, contratada para fornecer uma plataforma digital pra escolas públicas DF.
Como os condenados ainda podem recorrer da decisão, a suspensão dos direitos políticos de Arruda só começa a valer depois da condenação definitiva.
Em nota, a defesa do ex-governador e de José Maciel disse que recebeu a sentença com inconformismo e descontentamento e que a única prova utilizada pra condenação é nula.
Além disso, a contratação da Info Educacional foi por licitação, passando por todos os órgãos de controle.
Até o fechamento desta reportagem não conseguimos contato com as defesas dos outros condenados.