O Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu, de forma provisória, a recuperação judicial do grupo 123 Milhas. O desembargador Alexandre de Carvalho definiu que será realizada uma perícia para estabelecer as reais condições de funcionamento para reerguer a empresa.
A suspensão atende a um pedido do Banco do Brasil, um dos credores da empresa, que alega que não foram apresentados todos os documentos exigidos pela lei para a recuperação judicial e nem a lista dos credores.
O desembargador manteve o período de blindagem da empresa por 180 dias, onde ficam suspensas todas ações judicias das empresas do grupo: Art Viagens e Turismo, Novum Investimentos e 123 Viagens e Turismo.
Segundo a decisão, a 123 milhas movimentou mais de R$5 bilhões em 2022, tendo 700 mil credores e uma dívida estimada de R$ 1,6 bilhão. A justiça alega que, por se tratar de empresas de tecnologia, exigem um acompanhamento diferenciado, atento e diligente.
A justiça ainda informou que após constatar a situação da empresa, o caso será julgado pela 21º Câmara Especializada para avaliar se a recuperação judicial é viável ou não, ou se é o caso de falência.
Não há prazo definido para realização da perícia. A justiça ainda reforça que a recuperação judicial não impede o funcionamento da empresa.
Em nota, a 123 Milhas disse que a decisão da 21 Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais apenas suspendeu a tramitação do processo da Recuperação Judicial, em primeira instância, até que seja concluída perícia designada pelo desembargador.