Dezenove militares foram punidos pelo Exército, no caso das 21 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo, no quartel de Barueri, na região metropolitana. Eles estão presos administrativamente, e podem ficar até 20 dias na cadeia, por terem deixado de fiscalizar e conferir o armamento durante o período em que ele desapareceu - mas não são acusados de participação direta no crime.
Entre os detidos há majores, capitães e tenentes. O Exército ainda vai decidir sobre a punição a outros quatro militares, que respondem ao mesmo processo administrativo.
A falta das metralhadoras foi confirmada pelo Exército no dia 10 de outubro, mas a suspeita é que o furto tenha acontecido um mês antes. Um dos indícios apurados foi o corte intencional de energia, durante o feriado de 7 de setembro. O apagão provocou o desligamento das câmeras de segurança da base militar, e foi constatada a quebra de um cadeado e adulteração de um lacre de fiscalização. Peritos do Exército analisam impressões digitais de militares do quartel em quadros de energia e na sala de armas.
Parte das metralhadoras furtadas foi recuperada pelo Exército: 8 no Rio de Janeiro e 9 em São Paulo. As outras 4 armas continuam sendo procuradas.
E para agilizar na localização do armamento, o Exército criou um disque-denúncia, garantindo o total anonimato do informante. O número para informações sobre os armamentos furtados é o 0800 358 0005.