A Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra o deputado Chiquinho Brazão; seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro; e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Os três são acusados de planejar e ordenar a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (7) no processo sigiloso que tramita no Supremo Tribunal Federal. Os acusados estão presos desde o dia 24 de março. Eles negam participação no crime.
Chiquinho Brazão está preso preventivamente na prisão de segurança máxima em Campo Grande (MS), enquanto Domingos foi levado para o presídio federal de Porto Velho (RO). Rivaldo Barbosa está preso na penitenciária federal de Brasília (DF).
Em nota, tanto a defesa de Chiquinho Brazão quanto a de Rivaldo Barbosa disseram que ainda não tiveram acesso à denúncia. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Domingos Brazão.
Ainda nesta quinta-feira (9), a Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra Robson Calixto da Fonseca, assessor de Domingos Brazão, e o policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como major Ronald.
Considerado um dos líderes de uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro, o major Ronald, atualmente, cumpre pena em uma penitenciária federal por outros crimes.
O assassinato de Marielle e Anderson completou seis anos no último dia 14 de março. As investigações tiveram avanço após o ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso por executar o crime, ter fechado um acordo de delação premiada.
Foi Lessa quem apontou para os irmãos Brazão como mandantes, o que fez com que o caso fosse remetido ao Supremo Tribunal Federal, neste ano, em razão do mandato de deputado federal de Chiquinho Brazão.
*Com informações da Agência Brasil