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Justiça

Moraes determina apreensão do celular de ex-assessor do TSE

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Ana Lúcia Caldas - Repórter da Rádio Nacional
23/08/2024 - 09:12
Brasília
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a apreensão do celular do ex-assessor, Eduardo Tagliaferro. Ele era chefe do Núcleo de Enfrentamento à Desinformação do TSE, na gestão de Moraes, 

A decisão aconteceu após Tagliaferro prestar depoimento à Polícia Federal, em São Paulo, no inquérito que apura o vazamento das conversas publicadas em reportagens do jornal Folha de S. Paulo.

Após o depoimento, como Tagliaferro se recusou a entregar voluntariamente o aparelho, Moraes determinou a apreensão. 

Na semana passada, matérias jornalísticas acusaram o ministro de usar "formas não oficiais" de determinar a produção de informações para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, período em que Moraes foi presidente do TSE. Após a divulgação, o ministro disse que todos os procedimentos foram oficiais e regulares. 

Em maio do ano passado, o ex-assessor foi preso por violência doméstica. Depois, ele foi demitido pelo ministro.

De acordo com as investigações, o celular ficou sob a custódia da Policia Civil de São Paulo até o dia 15 do mesmo mês,  quando Tagliaferro foi solto e teve o aparelho devolvido.

Ao justificar a apreensão, Moraes disse que os dados contidos no celular interessam à investigação e são de interesse público.

Segundo o advogado do ex-assessor,  Eduardo Kuntz, como Eduardo Tagliaferro  é testemunha, não é comum a apreensão de objetos nessa condição.

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