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Justiça

Bolsonaro soma três indiciamentos após denúncia por tentativa de golpe

PF acusa ex-presidente de crimes contra o Estado Democrático
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Daniella Longuinho * - Repórter da Rádio Nacional
22/11/2024 - 07:08
Brasília
Ex.Presidente Jair Bolsonaro.
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil/Arquivo
© Tânia Rego/Agência Brasil/Arquivo

Com a denúncia desta quinta-feira, pela Polícia Federal, por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Bolsonaro já soma três indiciamentos à justiça por diferentes crimes.

O primeiro, em março deste ano, a PF incriminou Bolsonaro por fraude em seu cartão de vacinação para covid-19. A investigação constatou que o próprio ex-presidente deu a ordem para adulteração.

À época, a defesa de Bolsonaro afirmou que não teve acesso ao indiciamento e que, enquanto exercia o cargo de presidente, Bolsonaro estava completamente dispensado de apresentar qualquer tipo de certificado nas suas viagens.

Neste processo, outras 16 pessoas foram indiciadas por crime de falsificação, inclusive o coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens do ex-presidente.

O segundo indiciamento de Bolsonaro foi em julho, por organização criminosa no caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita.  

Conforme entendimento então vigentes, os presentes de governos estrangeiros deveriam ser incorporados ao acervo histórico da presidência da República.

Mauro Cid também estava envolvido nesse caso, sendo responsável pela venda das joias no exterior. Outras 10 pessoas foram indiciadas.

Ao comentar a ação, Bolsonaro tentou descredibilizar a acusação e ironizou a Polícia Federal pela retificação dos valores das joias, que seria de cerca de 7 milhões de reais.

E nesta quinta-feira, a Polícia Federal finalizou o terceiro indiciamento de Bolsonaro pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Além do ex-presidente, outras 36 pessoas também foram acusadas. A deleção premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro , coronel Mauro Cid, foi usada como prova.

Pelas redes sociais, Bolsonaro atacou o ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito, dizendo que ele “faz tudo o que não diz a lei”. E disse que irá aguardar a Procuradoria Geral da República, a PGR, para iniciar sua “luta”.

Até agora a PGR ainda não apresentou denúncias contra o Bolsonaro em relação aos três indiciamentos encaminhados pela Polícia Federal.

 

*Com reportagem de Gésio Passos

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