O julgamento do Caso Genivaldo entrou hoje no quarto dia, no Tribunal do Júri de Sergipe. Será decidido o destino dos três ex-policiais rodoviários federais acusados do crime.
A sessão de julgamento desta sexta-feira começou pouco depois das 9 horas da manhã com os requerimentos da defesa sobre questões de ordem. Estão previstos ainda os depoimentos de mais cinco testemunhas, sendo três do Ministério Público Federal e da acusação, e duas da defesa do ex-policial rodoviário federal William de Barros.
William de Barros Noia, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e Kléber Nascimento Freitas respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. Os três são acusados de matar Genivaldo de Jesus Santos por asfixia, dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, durante uma abordagem policial em Umbaúba (SE), em maio de 2022. Na época, as imagens do crime circularam nas redes sociais e na imprensa com grande repercussão.
Nessa quinta-feira, foram ouvidas a irmã de Genivaldo; a viúva, Maria Fabiana Silva; uma médica que atendeu a vítima; e uma testemunha que passou no local quando Genivaldo já estava imobilizado pelos ex-agentes. Depois, foi exibido um vídeo com um depoimento do psiquiatra que acompanhava Genivaldo, desde 2004. O vídeo faz parte da primeira fase do processo, já que o médico faleceu recentemente. Uma das testemunhas foi dispensada pela própria acusação.
De acordo com o cronograma de trabalho, depois desta sexta-feira ainda faltam 20 testemunhas prestarem depoimentos. Em seguida, os réus serão interrogados. Após a fase de instrução, vem a discussão e a votação da sentença. A previsão é que o julgamento siga em dias corridos até a próxima segunda-feira.
Os réus Kléber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia estão detidos em um Presídio Militar, desde outubro de 2022, e foram demitidos da PRF em agosto do ano passado.
