logo Radioagência Nacional
Justiça

Dino dá prazo até 20h para Câmara responder sobre pagamento de emendas

A Câmara terá que responder os questionamentos do STF
Baixar
Gésio Passos - Repórter da Rádio Nacional
27/12/2024 - 19:09
Brasília
Brasília (DF), 19/09/2024 - Ministro Flávio Dino preside audiência sessão do STF. Foto: Gustavo Moreno
/STF
© Gustavo Moreno/STF

O ministro do STF, Flávio Dino, deu prazo até às oito da noite desta sexta-feira para que a Câmara dos Deputados responda aos questionamentos sobre as emendas parlamentares de Comissão. Para o magistrado, a Câmara ainda não cumpriu as decisões que determinam transparência e rastreabilidade no repasse das emendas.

A Câmara terá que responder objetivamente quatro questionamentos do ministro do STF, que detalhariam se as emendas foram aprovadas em comissão, quem as indicou e qual seu embasamento legal. A Câmara também deve juntar as atas que comprovam a indicação das emendas de Comissão e enviá-las até esta sexta à noite.

A Câmara havia pedido, nessa quinta-feira, que o ministro reconsiderasse a suspensão do pagamento de mais de 4 bilhões de reais em emendas de comissão agendadas para 2024.

Em declaração na noite de quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, defendeu a legalidade das emendas de comissão e disse que elas cumpriram as determinações do STF.

Flávio Dino apontou que seriam mais de 5.449 emendas de Comissão indicadas. A Câmara nega esse número, alegando que o ofício citado demonstra o remanejamento de 10 emendas, com diversas programações orçamentárias. Também afirma que as atas de aprovação destas emendas, ocorridas em 2023, estão todas no site da Câmara dos Deputados.

O partido Novo, o PSOL e duas Ongs tinham questionado o Supremo sobre o processo de indicação pela Câmara de emendas de comissão, já que os colegiados não se reuniram nas últimas semanas.

Lira respondeu que a suspensão das atividades de comissão, na última semana de trabalho deste ano, é comum, já que havia uma série de pautas relevantes para votação no plenário, como a reforma tributária e as medidas de cortes de gastos.

x