MPF questiona Meta sobre o fim da checagem de conteúdo em suas redes
O Ministério Público Federal questionou, nesta quarta-feira, a empresa Meta – que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp – pelas mudanças anunciadas relativas ao fim da checagem de conteúdo em suas redes sociais.
O procurador da República Yuri Corrêa da Luz, responsável pela ação, quer saber se as mudanças anunciadas nesta terça-feira pelo dono da Meta, o empresário Mark Zuckerberg, serão aplicadas no Brasil e quando ocorreriam.
Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos, com a criação do modelo de notas da comunidade, que são informações incluídas pelos próprios usuários em cima de algum conteúdo.
O Ministério Público pede mais detalhes sobre as novas regras “para avaliar em que medida elas podem impactar direitos dos usuários destas plataformas em nosso país”.
O MPF concedeu 30 dias úteis para o escritório da Meta no Brasil se manifestar.
A apuração faz parte do inquérito aberto pelo MPF para apurar violações de direitos fundamentais pelas plataformas digitais que operam no Brasil, além das medidas adotadas pelas empresas responsáveis para combater conteúdos falsos, disparo de mensagens em massa, uso de robôs e perfis fictícios.
Questionada pela Agência Brasil, a Meta informou que não comentará a notificação do MPF.
