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Justiça

Defesa de Braga Netto desqualifica denúncia de tentativa de golpe

Advogados alegam falta de acesso total às provas da investigação
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Renato Ribeiro - repórter da Rádio Nacional *
08/03/2025 - 12:14
Brasília
Brasília (DF), 02/04/2020 - Ministro da Casa Civil Braga Netto durante coletiva de Imprensa no Palácio do Planalto sobre as ações de enfrentamento no combate ao Covid-19. Foto: Isac Nóbrega/PR
© Isac Nóbrega/PR

A defesa do general Braga Netto chamou a investigação da tentativa de golpe de Estado de “ilógica”, “fantasiosa” e “vazia”. 

As declarações foram apresentadas pelos advogados do general ao Supremo Tribunal Federal. 

Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 32 pessoas são acusadas pela Procuradoria-Geral da República de envolvimento na trama golpista. 

O prazo da manifestação das defesas terminou nessa sexta-feira (7). 

Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro do ano passado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Segundo a Polícia Federal, ele tentou obstruir as investigações e conseguir dados sigilosos da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ao Supremo, os advogados do general negaram qualquer relação com ações golpistas.

Afirmaram que Mauro Cid não agiu de forma voluntária e foi coagido a incriminar o ex-presidente.

Também negaram que Braga Netto teria entregue R$ 100 mil a Cid para financiar o plano golpista.

Em depoimento, Cid disse ter recebido o dinheiro dentro de uma sacola de vinho, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília.

A defesa de Braga Netto alegou ainda falta de acesso total às provas da investigação e que a acusação da PGR não será capaz de manchar a honra e a trajetória de vida do general.

Após a entrega de todas as defesas, o julgamento da denúncia vai ser marcado pelo STF na Primeira Turma.

*Com informações da Agência Brasil.

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