Defesa de Braga Netto desqualifica denúncia de tentativa de golpe

A defesa do general Braga Netto chamou a investigação da tentativa de golpe de Estado de “ilógica”, “fantasiosa” e “vazia”.
As declarações foram apresentadas pelos advogados do general ao Supremo Tribunal Federal.
Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 32 pessoas são acusadas pela Procuradoria-Geral da República de envolvimento na trama golpista.
O prazo da manifestação das defesas terminou nessa sexta-feira (7).
Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro do ano passado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Segundo a Polícia Federal, ele tentou obstruir as investigações e conseguir dados sigilosos da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Ao Supremo, os advogados do general negaram qualquer relação com ações golpistas.
Afirmaram que Mauro Cid não agiu de forma voluntária e foi coagido a incriminar o ex-presidente.
Também negaram que Braga Netto teria entregue R$ 100 mil a Cid para financiar o plano golpista.
Em depoimento, Cid disse ter recebido o dinheiro dentro de uma sacola de vinho, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília.
A defesa de Braga Netto alegou ainda falta de acesso total às provas da investigação e que a acusação da PGR não será capaz de manchar a honra e a trajetória de vida do general.
Após a entrega de todas as defesas, o julgamento da denúncia vai ser marcado pelo STF na Primeira Turma.
*Com informações da Agência Brasil.



