logo Radioagência Nacional
Meio Ambiente

Mancha de óleo que atinge o Nordeste chega ao Arquipélago de Abrolhos, na Bahia

Arquipélago de Abrolhos
Baixar
Dayana Vitor
30/10/2019 - 16:41
Brasília

A mancha de óleo que atinge o Nordeste há dois meses chegou ao sul da Bahia e pode alcançar o arquipélago de Abrolhos, no estado. Para evitar um desastre ambiental no santuário ecológico, a Marinha reforçou nesta quarta-feira (30) a vigilância no local com mais navios e um helicóptero, como explicou o coordenador de Operações Navais da Marinha, almirante Leonardo Puntel, na terça-feira (29).

 

O óleo já atingiu 254 localidades em todo o Nordeste. Nesta quarta-feira, 15 cidades da Bahia, entre elas Taperoá, Ilhéus, Una, Itaparica e Igrapiúna decretaram estado de emergência devido ao produto que atinge as praias.

 

O derivado do petróleo prejudica o turismo e a pesca na região. No dia 14 de outubro, outros seis municípios já tinham decretado essa situação.

 

Agora, a Defesa Civil da Bahia auxilia os 21 municípios com a entrega de equipamentos de proteção para a limpeza das praias, como explica o superintendente adjunto da Defesa Civil, Victor Gatois.

 

Nesta quarta-feira , a Ufal, Universidade Federal de Alagoas, divulgou um estudo do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites que identificou a possibilidade do vazamento ocorrer abaixo da superfície do mar, entre as cidades baianas de Itamaraju e Prado.

 

A hipótese foi levantada depois que a análise de imagens de satélite revelou um vazamento de óleo, em formato de meia lua, com 55 quilômetros de extensão no sul da Bahia.

 

Já pesquisadores da UFRJ, a Universidade Federal do Rio, identificaram uma mancha de óleo de 200 quilômetros, próxima ao sul da Bahia. A descoberta foi possível por meio da análise de uma imagem de radar, gerada por um satélite da Agência Espacial Europeia, na última segunda-feira (28).

 

Em nota, a Marinha informou que mancha que estaria avançado pelo litoral baiano não se trata de óleo. Afirmou que a constatação foi feita por especialistas internacionais, monitoramento aéreo e por satélite. A Marinha acrescentou que a situação exige constante avaliação.

x