Há quatro dias, queimadas na Terra Indígena Tadarimana, na região de Rondonópolis, em Mato Grosso, têm preocupado o povo Bororo. Segundo relatos dos próprios indígenas nas redes sociais, o fogo se alastrou por grande parte da reserva, mas ainda não se sabe o que deu origem ao incêndio.
A situação é apenas um exemplo do que tem acontecido em muitas áreas da Amazônia Legal. O período de estiagem, também conhecido como verão amazônico, é de baixa umidade e vegetação seca, o que facilita a propagação do fogo.
Nessa segunda-feira (03), os incêndios florestais na região foram tema do Programa Por Dentro da Amazônia, que vai ao ar na Rádio Nacional. O vice-presidente Hamilton Mourão, que também é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, destacou que os fatores naturais favorecem os incêndios, mas muitos são praticados de forma intencional e criminosa.
Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, toda a Amazônia Legal preocupa; no entanto, os esforços de combate ao fogo estão mais concentrados nas áreas desmatadas, que apresentam maior risco.
O relatório do Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para junho, apresenta condição de seca em toda a região centro-oeste, parte do norte, sudeste e nordeste; configurando um mês com precipitação abaixo da média na maior parte do país.
Em junho, os estados brasileiros com maior ocorrência de queimadas foram Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Pará. Entre os dez municípios brasileiros que mais queimaram, a maioria encontra-se nos estados de Mato Grosso e Tocantins.
Apenas nessas dez localidades, ainda de acordo com o Inpe, o total de queimadas foi de 1.180 focos, o que representou cerca de 17% de todos os focos registrados nos 5.570 municípios brasileiros.
No último dia 15, o governo federal editou um decreto que proíbe o emprego de fogo em áreas rurais por um período de 120 dias. A medida vale para todo o território nacional.