A Cedae, Companhia Estadual de Àguas e Esgotos, tenta mais uma solução para diminuir a concentração de algas em uma de suas principais estações de tratamento. As algas produzem a geosmina, substância que desde o verão de 2020 virou um problema para boa parte do a população, por provocar odor e sabor fortes e até alteração na cor da agua que chega às torneiras de vários bairros do Rio de Janeiro e região metropolitana.
Para realizar a manobra, segundo a Companhia, será preciso interromper a atividade da Estação de Água do Guandu por 12 horas. A operação vai prejudicar o abastecimento no Grande Rio, que pode levar até 48 horas para ser normalizado.
Será implantado um novo sistema de bombeamento do Rio Guandu para a Lagoa Grande, antes da captação de água da estação de tratamento. A Cedae explicou que o processo vai ajudar a renovar a água da Lagoa, reduzindo os fatores que contribuem para a concentração de algas produtoras da geosmina, que se prolifera, principalmente devido ao calor.
Essa, no entanto, ainda não é a solução definitiva para o problema que afeta os consumidores pelo segundo ano. De acordo com a Cedae, a resolução efetiva só virá com a obra de proteção da tomada de água da Estação do Guandu, que tem data para licitação no próximo dia 1º de junho.
O projeto prevê a construção de um dique para impedir que as águas dos rios Ipiranga, Queimados e Poços se misturem às do Guandu. A obra tem investimento de aproximadamente R$ 132 milhões e duração prevista de 24 meses.