A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizada no Amazonas, vai ser a primeira unidade de conservação do mundo a ter monitoramento automático e em tempo real dos animais que ali vivem.
O monitoramento faz parte do Projeto Providence — uma cooperação internacional liderada pelo Instituto Mamirauá e financiada pela Fundação Moore e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. A reserva ecológica, que tem mais de um milhão de hectares, está recebendo a instalação de equipamentos com inteligência artificial e que funcionam por meio de energia solar.
O diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá, Emiliano Ramalho, explica que a tecnologia funciona, basicamente, através da captura permanente de som e vídeo em locais estratégicos da unidade de conservação.
A tecnologia de monitoramento foi desenvolvida de modo a poder ser replicada em outras unidades de conservação, inclusive em biomas diferentes. Emiliano Ramalho afirma que o projeto vai ajudar a preservar a biodiversidade dos locais onde for instalado.
A implantação do Projeto Providence na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá foi anunciada pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, nesta sexta-feira. Ele participou de uma solenidade em Manaus para oficializar a ação de monitoramento da biodiversidade amazônica.