O Consórcio Novo PNI é o novo administrador do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. O leilão, que transferiu o parque para a iniciativa privada, aconteceu nessa terça-feira e foi disputado por dois consórcios. O Novo PNI venceu a disputa com um lance de R$ 375 milhões, um ágio de 349% comparado com o lance mínimo definido pelo governo federal de R$ 83 milhões.
O parque do Iguaçu tem 185 mil hectares e abriga as Cataratas do Iguaçu, o maior conjunto de quedas d’água do mundo e uma das sete maravilhas da natureza. É o segundo parque mais visitado do país, média de 2 milhões de visitantes por ano, ficando atrás apenas do Parque da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde estão o Corcovado e o Cristo Redentor.
O consórcio que passa a administrar todo esse patrimônio é encabeçado pelo empresário Roberto Capobianco, da empreiteira Construcap. O grupo foi o mesmo que, no ano passado, ficou com a concessão do Parque Ibirapuera, um dos símbolos da capital paulista.
O projeto de concessão vai durar 30 anos e prevê o investimento de R$ 500 milhões em obras de infraestrutura.
O valor do ingresso pode mudar. Hoje, os brasileiros pagam R$ 63 para visitar as Cataratas do Iguaçu. Mas a entrada pode chegar a custar até R$ 80 no primeiro ano de administração privada, chegando a um teto de R$ 120 no quinto ano. Moradores de cidades vizinhas pagam 20% do valor final do ingresso.
O Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, acompanhou o leilão que aconteceu na sede da B3, em São Paulo, e prometeu que a privatização vai trazer mais recursos para a fiscalização, que é feita pelo ICMBIO, o Instituto Chico Mendes.
Outros 14 parques nacionais estão na fila para para serem privatizados até o final do ano.
