Os resíduos plásticos são a maioria do lixo encontrado no mar: 48,5% dos materiais que vazam para as águas das nossas praias são desse tipo. Essa é a principal constatação de diagnóstico do programa Lixo Fora D’Água, da Abrelpe- Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
O diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, destaca os principais motivos para tanto plástico parar nos mares. Segundo ele, "a produção e consumo de plástico aumentou exponencialmente durante as últimas décadas, com falhas no descarte inadequado, lixões, coleta seletiva e falta de aproveitamento dos materiais recicláveis", afirmou.
Além dos plásticos, o que mais polui os mares brasileiros são as bitucas de cigarro, isopor, roupas, apetrechos de pesca. Esses são alguns dos 15 itens mais encontrados no trabalho da Abrelpe, que ocorre desde 2018, em 11 cidade litorâneas onde vivem 14 milhões de pessoas. Nesses locais existem ações de monitoramento, prevenção e combate ao lixo no mar e nos demais corpos hídricos.
Além do investimento do poder público em coleta seletiva e aterros sanitários, o presidente da entidade, Carlos Silva, ressalta o que cada um de nós deve fazer para evitar a poluição dos mares. Segundo ele é importante "separar o lixo adequadamente dentro de casa, em duas frações lixo seco, reciclados e úmido, e termos atenção ao sistema de limpeza da cidade", explica.
O programa Lixo Fora D’Água existe em Santos e Bertioga, em São Paulo, Balneário Camboriú, Santa Catarina, Fortaleza, no Ceará, Ipojuca em Pernambuco, Rio de Janeiro e Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, São Luís no Maranhão, Manaus no Amazonas e Serra no Espírito Santo.
*Com produção de Dayane Vitor.