Ventilador, ar-condicionado, piscina e muita água, tudo isso para tentar fugir do calor que fez neste último mês, o julho mais quente dos últimos 61 anos.
Os dados do Inmet, o Instituto Nacional de Meteorologia, revelaram que a temperatura média do mês passado foi de 22,8ºC, um aumento de 0,82ºC acima da média histórica registrada em 2015, fazendo deste julho de 2022 o mais quente que se tem registro na história do Brasil.
A meteorologista do Inmet, Danielle Barros, explica o porquê do aumento das temperaturas.
“A gente está tendo invernos mais quentes, principalmente nos últimos 10 anos. Isso aí pode estar relacionado muito à persistência de massas de ar quente sob a região central. O que é comum, mas elas estão mais frequentes. Aumento também das áreas mais desmatadas no caso que tão levando pouca chuva para essa área nessa época do ano.”
Mas esse evento não ocorre somente no Brasil. A Agência Estatal de Meteorologia da Espanha, por exemplo, que fica no lado norte do hemisfério terrestre, também registrou, durante o verão, recorde em julho ao atingir uma temperatura média de 25,6°C.
Outro caso foi no Reino Unido, com o registro da temperatura mais alta de sua história. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido, os termômetros de Londres marcaram 40,2ºC.
A meteorologista Danielle fala sobre a previsão para o mês de agosto. "Eu acredito que as temperaturas em agosto possam ser acima da média, mas não tanto quanto essas de julho. Foi um mês atípico esse de julho.”
No ano passado, a ONU divulgou o maior relatório com as transformações climáticas do planeta. É o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que contou com o apoio de cientistas do mundo todo.
A pesquisa aponta que, com a aceleração da crise climática, seus efeitos tendem a se intensificar cada vez mais rápido.
*Com supervisão de Raquel Mariano