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Meio Ambiente

Incêndios no Pantanal superam queimadas históricas de 2020

Fogo está sobretudo em áreas particulares, diz Marina Silva
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Gabriel Brum - repórter da Rádio Nacional
27/06/2024 - 15:34
Brasília
Porto Jofre (MT) 17/11/2023 – Incêndio florestal que atige o Pantanal.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
© Joédson Alves/Agência Brasil/ARQUIVO

Os focos de incêndio no Pantanal no mês de junho deste ano já superam os do primeiro semestre inteiro de 2020, quando cerca de um terço do bioma foi queimado.

A região sofre com o calor e a seca. De primeiro a 27 de junho, já são 2.527 focos de incêndio no bioma, de acordo com a plataforma BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2020, foram 2523.

De janeiro a junho de 2024, o bioma já registrou 3.426 focos. A maior parte no Mato Grosso do Sul: quase 2,2 mil ocorrências.

 A ministra de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (27) que a maior parte do fogo está em áreas particulares.

Uma nota técnica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que em março, maio e junho, nenhum foco de calor no Pantanal foi originado a partir de raios.

Por isso, é forte a hipótese de que os incêndios são, na grande maioria, de origem humana, como explica a coordenadora do laboratório, Renata Libonati.

O Lasa indica que a área queimada entre janeiro e junho deste ano já passou de 600 mil hectares. O acumulado para o mesmo período em 2020 foi de 260 mil hectares.

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