Alta do Rio Negro desacelera e cai expectativa de recuperação da calha
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O rio que banha a capital amazonense, o Rio Negro, subiu 19 centímetros por dia entre 15 e 18 de novembro. Mas do dia 19, até esta quinta-feira (21), foi observada uma desaceleração. O que diminuiu as expectativas em relação à recuperação do rio.
Um alerta emitido pelo Serviço Geológico do Brasil sinalizou que no Alto Solimões, o nível do rio na margem direita começou a registrar descidas acentuadas. A baixa pode afetar a recuperação da calha e impactar a subida do Rio Negro na calha da esquerda, e ser confundida pelo fenômeno repiquete.
A pesquisadora do órgão, Jussara Khouri, explica os fatores envolvidos neste momento de transição da seca para cheia.
"Manaus apresenta subidas e também há uma tendência de continuar esse processo de subidas, só que com variações menores, em razão das contribuições que também têm. É oscilada no Solimões, como é o caso ali da região de Tabatinga, que na última semana voltou a descer. Essas descidas na região de cabeceira ocorrem principalmente em razão das contribuições de precipitações que tem chegado ali na região que ainda não estão dentro do normal ou acima do normal para o período".
Apesar das descidas no Alto Solimões, a pesquisadora destaca que a Bacia no estado está em processo de recuperação, com aumento do nível dos rios Madeira, Purus e outros pontos que estão se restaurando.
"Na região como um todo, configura um processo de recuperação de nível, pois o Madeira apresenta subidas, o Purus também apresenta o processo de subida, da mesma forma ocorre no Alto Rio Negro, ali na região de Santa Isabel do Rio Negro que voltou a subir. Então é uma configuração da Bacia de recuperação de níveis, saindo daquela fase de vazante, de seca severa, para a estabilidade dos níveis nos próximos dias".
Outro alerta é sobre as chuvas que ainda estão abaixo do ideal, de acordo com as previsões climatológicas.
"Só que os prognósticos climáticos ainda indicam certa instabilidade desse retorno do período chuvoso para a região".
Nesta quinta-feira a cota do Rio Negro chegou a 14 metros e 15 centímetros de acordo com a medição do Porto de Manaus.

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