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Inovação

Entrevista: Saiba mais sobre sensor que detecta câncer de mama

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Apresentação Sula Sevillis
24/02/2016 - 18:30
Brasília

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), depois do câncer de pele, não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil: são cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Estatísticas indicam aumento da incidência nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. O Inca calcula que serão 57.960 novos casos, neste ano.

 

O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura, durante o tratamento.

 

Nesta entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia,  a professora e pesquisadora do Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno e Nanomateriais (MackGraphe) e colaboradora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Cecília de Carvalho Castro e Silva, fala o dispositivo com 64 sensores integrados,  do tamanho de uma moeda de R$ 0,50 criado por ela e outro pesquisador, Lauro Tatsuo Kubota, capaz de identificar, precocemente, o câncer de mama.

 

Segundo ela, o dispositivo ou sensor monitora a proteína HER2 (Human Epidermal Growth Factor Receptor 2, na sigla em inglês), que, em quantidades anormais, se manifesta entre 25% e 30% dos casos de câncer de mama, e assim é um importante biomarcador do câncer mamário: “Quando uma pessoa inicia um processo de desenvolvimento de uma doença, a presença dessa proteína ou biomarcador é aumentada no sangue humano e esse dispositivo consegue detectar a proteína, seis meses antes do tumor ter sido formado. Os estudos mostraram que o aumento da concentração da proteína está relacionado com a formação do tumor.”

 

Cecília de Carvalho Castro e Silva explica ainda que o dispositivo poderá ser usado para diversos casos, e agora está em fase 2, envolvendo amostras reais, para que se possa chegar ao  mercado.

 

Ela disse também que esse ano, com uma parceria com o Hospital da Saúde da Mulher, será possível fazer com voluntárias, consideradas HER2 positivas, testes diretamente com o sangue bruto , com apenas uma gota de sangue, como em um exame de glicemia e detectar o câncer antes da formação do nódulo.

 

Com informações das Rádios EBC

 

 

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