A Embrapa investe na conservação de recursos genéticos animais desde 1983.
O objetivo é preservar raças de animais domésticos de interesse para a pecuária, conhecidas como localmente adaptadas, porque se desenvolveram no Brasil a partir de animais trazidos pelos colonizadores logo após o Descobrimento.
Para aumentar o conhecimento sobre essas raças e a importância para a história da pecuária brasileira, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia fez o Inventário de Recursos Genéticos Animais ,em parceria com 11 unidades de pesquisa da Embrapa.
Ao longo de mais de cem páginas, há informações detalhadas sobre animais de interesse zootécnico, incluindo os mais usados na agropecuária, como bovinos, caprinos, suínos, bubalinos, equinos e ovinos, além de peixes, abelhas, muçuãs (pequena espécie sul-americana de tartaruga de água doce) e caititus, conhecidos popularmente como “porcos do mato”.
Do material genético conservado por criogenia, há as raças bovinas caracu e mocho nacional, entre outras.
A ideia é que esse material não se perca e funcione como um banco genético para a continuidade da espécie. Atualmente já são feitas pesquisas com as variedades preservadas de algumas décadas.
Nesta entrevista ao programa Brasil Rural , das Rádios Nacional AM, Nacional da Amazônia e Nacional do Alto Solimões, a pesquisadora da Embrapa e uma das editoras da obra, Maria do Socorro Maués, explica: Nós temos 12 unidades que têm rebanhos e acervo genético. Cada uma tem um curador em seu núcleo, que trabalha no sentido de pesquisa para agregar valor às raças. Mas há também um material que não mexemos. Nós temos o banco de germoplasma, o banco de DNA e tecido", ou seja, são os dados que permitem mapear a ocorrência no Brasil, a partir de referências à quantidade, comportamento e características específicas de cada uma das raças.
Com informações das Rádios EBC