Nobel tem três cientistas mulheres premiadas em uma única edição
Duas mulheres conquistaram o Nobel de Química. A geneticista francesa Emmanuelle Charpentier e a estadunidense Jennifer Doudna desenvolveram um sistema de edição genética, uma espécie de tesoura que permite o corte de cadeias de DNA com precisão.
O método pode ser comparado com o sistema de copia e cola dos editores de texto e vai facilitar o surgimento de novos tratamentos para doenças graves, como explicou a pesquisadora e professora do Instituto de Química da Universidade de Brasília (Unb), Grace Guesti.
A descoberta permite mudanças em cadeias genéticas inteiras e é tão potente que, segundo o presidente do Comitê Nobel de Química, Claes Gustafsson, é preciso ser usada com cuidado.
Esta é a primeira que vez duas mulheres ganham o Nobel de Química por um trabalho conjunto. Com o anúncio dessa quarta-feira (8), chegou a três o número de mulheres com prêmios da ciência, premiadas na edição de 2020 do Nobel.
A astrônoma Andrea Ghez, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, dividiu o Nobel de Física com outros dois cientistas por descobertas em relação aos buracos negros.
A premiação ainda não terminou, mas o resultado já é muito diferente da edição de 2019, quando todos os prêmios de ciência ficaram com homens.
Na verdade, a pequena presença de mulheres no Nobel é histórica. Ghez é a quarta mulher a receber o Nobel de Física. A primeira foi Marie Curie, em 1903, por suas pesquisas sobre radioatividade.
Esse cenário é reflexo das barreiras enfrentadas por elas nas carreiras científicas. Segundo a Unesco, menos de 30% dos pesquisadores acadêmicos do mundo são mulheres.
No Brasil, o cenário se repete, apesar de serem mais da metade, 54%, dos estudantes de doutorado no país, menos de um quarto das bolsas de produtividade concedidas pelo governo vão para elas, segundo levantamento da Academia Brasileira de Ciência. Por isso, a professora Grace acha que a premiação foi ainda mais importante.
No Brasil, apenas uma pesquisadora chegou a ser indicada ao Nobel. Foi em 1997, quando Johanna Döbereiner, nascida na antiga Tchecoslováquia, depois naturalizada brasileira, disputou a indicação.
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