Pesquisadora desenvolve espuma dental que combate as aftas
Lesões em partes da boca podem provocar grande incômodo. Tratar esses machucados é importante porque eles podem prejudicar a higienização da boca, a mastigação, a deglutição e, até mesmo, a fala. Na Universidade Federal da Paraíba, a pesquisadora Alessandra Estevam desenvolveu durante o doutorado uma espuma dental antibacteriana e antifúngica que pode ser usada na prevenção e no tratamento da estomatite aftosa, que são as aftas mais comuns, e também da mucosite oral, que é uma inflamação da superfície da mucosa e atinge quase 100% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
Sonora: “A forma farmacêutica espuma foi desenvolvida para facilitar a aplicação do produto sobre as lesões da cavidade bucal devido ser uma formulação de consistência leve e apresentar uma textura aerada, favorecendo assim a aplicação e a adesão ao tratamento.”
Para desenvolver a espuma dental, a pesquisadora Alessandra Estevam usou óleos essenciais, como o Lippia sidoides Cham, conhecido popularmente como alecrim pimenta.
Sonora: “A utilização de plantas medicinais apresentam diversas vantagens, quando comparada aos tratamentos convencionais, pois apresentam menor incidência de efeitos colaterais, uma toxicidade relativa diminuída e de baixo-custo. Além disso, podem ser uma alternativa aos antissépticos, aos antimicrobianos sintéticos e aos medicamentos convencionais pois podem evitar o desenvolvimento da resistência bacteriana que é algo muito preocupante nos dias de hoje.”
Até o momento, já foi realizada a fase um dos testes clínicos. Mas não puderam avançar por causa da pandemia. Assim que possível, a espuma dental será testada com pacientes oncológicos de um hospital em João Pessoa, capital paraibana.