Telecomunicações: mudanças que ampliam qualidade de vida das pessoas
Na casa do empresário Peterson Satyro, em São Paulo, a tecnologia está em detalhes que facilitam a vida. Já na entrada, a fechadura é digital, para não ter mais o risco de perder a chave. Lá dentro, aparelhos são conectados por comando de voz e câmeras monitoram o movimento a distância.
Peterson Satyro conta que a tecnologia mudou bastante o dia a dia, trazendo muito mais facilidade no acesso à residência e em termos de segurança. “Eu praticamente vivo todo dia com esta questão da tecnologia. Digo que se a gente fica sem celular parece que está faltando alguma coisa,” destaca.
Da casa do Peterson para uma loja de conveniências na zona sul de São Paulo. O estabelecimento não tem caixa, nem vendedor. O cliente acessa o local e registra as compras com o celular. A conta vai direto para o cartão de crédito. Uma comodidade e praticidade, descreve o usuário Hugo Sofia.
Um dos criadores, o ceo da empresa, Rodrigo Miranda, explica que a tecnologia vai revolucionar o varejo. “É a entrada de um novo formato de varejo, que é o que a gente aposta muito nessa conveniência de rua viabilizado pela tecnologia", afirma o ceo.
As conexões em rede e a inteligência artificial devem mudar o perfil das cidades, destaca o professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em tecnologia, Marcelo Zuffo.
O que se ganha com essa autonomia é que no futuro os veículos vão se comunicar o tempo inteiro com as ruas, as estradas. A mobilidade será mais eficiente e a qualidade de vida melhor.
Um exemplo a gente encontra quando para nos semáforos, o tráfego urbano é organizado pelos sinaleiros com temporizador: a lâmpada acende em intervalos fixos. É por isso que a gente vê cenas como carros parados no sinal vermelho e nenhum movimento no sentido contrário. Com a internet das coisas, o semáforo se comunica com o carro, com o smartphone do pedestre e a decisão de abrir ou fechar é tomada de acordo com a situação.
Uma infinidade de possibilidades, explica o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, José Cosmo Júnior: “a internet das coisas é o estabelecimento de comunicações entre as máquinas. Os usuários vão falar com máquinas através de sensores. Vai ser criado um ambiente digital onde tudo estará se comunicando. A criação desse ecossistema digital onde tudo se comunica,” detalha o secretário.
Até 2030, as Nações Unidas estimam um investimento de mais de U$ 420 bilhões para conectar metade da população da terra, que não têm acesso à internet.
* Com sonoplastia de José Maria Pardal, da TV Brasil, em São Paulo, para a Rádio Nacional, Pablo Mundim.