Em 14 de julho de 2015, a sonda New Horizons da Agência Espacial Americana chegou ao ponto mais próximo de Plutão, a doze mil e quinhentos quilômetros da superfície do planeta-anão. Em uma jornada que levou mais de nove anos, a New Horizons percorreu mais de três bilhões de quilômetros e revelou dados importantes sobre o corpo celeste. A espaçonave bateu recorde, fazendo a viagem mais longa e mais distante.
A sonda não-tripulada foi projetada e construída pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel, Maryland. Em 19 de janeiro de 2006, a New Horizons partiu de Cabo Canaveral, na Flórida, em direção a Plutão. O objetivo da missão era estudar a geologia do planeta-anão, as luas e objetos do Cinturão de Kuiper, nos limites do Sistema Solar.
De acordo com a Nasa, a missão abriu as portas para a exploração de uma nova zona de pequenos planetas misteriosos e blocos de construção planetários no Cinturão de Kuiper, que concentra inúmeros objetos celestes que vão além da órbita de Netuno.
Entre as descobertas da New Horizons, estão as montanhas geladas de Plutão. A sonda revelou uma cordilheira com picos de 3.500 metros. Segundo os estudos, as montanhas se formaram há cerca de cem milhões de anos.
A missão exploratória também detalhou a formação da maior lua de Plutão, Caronte, que fica a mais ou menos 1.200 quilômetros do corpo celeste. Os cientistas se surpreenderam com a aparente falta de crateras. As imagens mostraram a existência de uma faixa de falésias e vales que se estendem por cerca de mil quilômetros.
Desde 2006, Plutão deixou de ser classificado como planeta pela União Astronômica Internacional e passou a ser chamado de planeta-anão, não só pelo tamanho, mas por existir outros corpos celestes semelhantes a ele na mesma órbita. Em 2019, o diretor da Nasa, Jim Bridenstine, declarou à imprensa que, para ele, Plutão é um planeta. Assim como Bridenstine, considerando os estudos da sonda New Horizons, outros pesquisadores também defendem a ideia.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo