A CPI Mista da Petrobras ouviu, nesta quarta-feira (20), o depoimento de dois funcionários da estatal. O primeiro foi o gerente jurídico internacional, Carlos Cesar Borromeu. Ele é acusado de ter defendido uma disputa judicial com a empresa belga Astra Oil para a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, mesmo com um prejuízo que na época era de mais de 600 milhões de dólares.
Durante a audiência, houve discussão entre parlamentares da base aliada e da oposição. O bate-boca começou quando o deputado Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara, citou denúncias divulgadas pela mídia nessa quarta-feira envolvendo a presidenta da Petrobras, Graça Foster, e o ex-diretor, Nestor Ceveró. De acordo as publicações, a dirigente e o ex-diretor da Petrobras repassaram imóveis para familiares dias depois das primeiras denúncias de irregularidades na compra da refinaria.
O gerente de Segurança Empresarial da Petrobras, Pedro Aramís de Lima, foi o segundo a depor. Ele foi convocado para explicar as denúncias de que uma empresa holandesa tenha subornado funcionários da estatal. Aramís negou as acusações, e disse que não há provas do pagamento de propina.
Sobre o pedido de convocação da ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, o deputado Marco Maia informou que o requerimento já foi aprovado e que Youssef deve depor antes da contadora.
Alberto Youssef é pivô do esquema de corrupção deflagrado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele está preso desde março deste ano. O doleiro responde a DOZE processos e pode ser condenado a mais de CEM anos de prisão.